Data center submarino passa no teste e surpreende com bons resultados

Já imaginou um data center submarino? Recentemente, a Microsoft mostrou com sucesso que isso é possível.

O projeto Natick é um programa que teve início em 2014, mas que começou a colher bons resultados só agora. A ideia dos pesquisadores era que os computadores teriam mais eficiência embaixo da água e, para tirar a prova, um enorme data center foi para o mar, a 35,6 metros de profundidade na região das Ilhas Orkney, na Escócia, em 2018. Dois anos depois, a grande estrutura metálica cheia de computadores foi retirada da água e o resultado surpreendeu os pesquisadores.

Uma das principais questões dessa pesquisa era comparar um data center terrestre com um submarino e tudo o que diferencia um do outro em seus sistemas.

Em terra, os circuitos do data center ficam expostos a diferentes situações e variações no meio ambiente (como corrosão causada pelo oxigênio, umidade e mudanças de temperatura), que podem trazer algum defeito, além de problemas causados ordem humana. Todos esses fatores são inexistentes dentro do mar.

Os pesquisadores da Microsoft desenvolveram um data center com 864 servidores, colocaram dentro de uma cápsula submarina livre de oxigênio e repleta de nitrogênio e enviaram para embaixo da água, monitorando por dois anos o seu funcionamento.   

Retirada do fundo do mar, os resultados do data center aquático mostraram aquilo que os pesquisadores imaginavam: ele é 8 vezes mais confiável dentro da água do que fora dela.

O número de falhas foi bem abaixo do esperado, apenas 12,5% do que costuma aparecer em um data center comum. A explicação, segundo os pesquisadores, está na menor interferência humana e na questão de a cápsula ser composta por nitrogênio e não oxigênio.

Além de consumir menos energia, o data center submarino também economizou água filtrada que seria utilizada para sua refrigeração se estivesse em terra. Somado a isso, fez uso de energia de fontes sustentáveis (solar e eólica) do Arquipélago em que se encontrava. 

Agora, os pesquisadores estudam com mais detalhes o desgaste dos componentes do data center, para saber quais os verdadeiros impactos da submersão. 

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